domingo, maio 25, 2008

A esperada volta do que nunca se foi

(Tx)
Gritar tais palavras que purgam à garganta.
Conhecer as pessoas cada dia mais.
Desaprender dos padrões e normas.
Calar quando precisa calar.

Ver a chuva do lado do mar
ver o continente de longe
e a chuva a aguar
a chuva do lado do mar
ver a chuva
e sentir
que do lado do mar parece mais calmo
ver a chuva do lado do mar

ebulir em sentir
a tesão de sentir
e gemer ou gritar
ou até dormir
ou até fumar
e ouvir


coisa de sentir
e sentir
sem sentido
e fazer sentir
fazer sentido
ao fazer
coisa sem sentido.

eu tento escrever
e nem sempre consigo saber
em qual contexto
ser o escrito
só sei que sinto
essa coisa na garganta, na cabeça e no coração
incessante coração
de pouca vida útil e muita vontade de bater e sentir
que queima
que acolhe
que irriga
esse infame e discrente conjunto da obra divina

que mal sabe se expressar
quanto mais sentar-se à mesa.
quem sabe hei de virar gente
ou morrerei tentando escrever coisa que valia.


continua...

Um comentário:

Érica de Paula disse...

Putzzzzz...

Muitoooooo bom!!

Enervante..

=D