segunda-feira, novembro 20, 2006

ç ~ " ´ ` ^ , . ; : ? !

(Tx)
Tratei de escrever tudo minunciosamente
mas esqueci por mera displicencia de acentuar as palavras
mas tambem esqueci-me de que
acentuar palavras e dar sentido a elas
de forma que não poderias entender
pelo simples fato de n saberes ler sem acentos
mas acentos nao servem pra sentar
vc se sentiria confortavel em sentar neles
esqueci-me por mera displicencia de que o simples
torna se sem sentido as vezes meramente por nao se tratar de algo especifico
que se direciona ou simplesmente
por nao fazer sentido
mas emcompensacao me lembrei de que
um garoto tentando ser poeta se repete
e nada que se poetize deve se repetir
ja escrevi sonetos
prosas
poesias
versos
maximas
minimas
coisas que se sentem com sentido
e coisas que apenas nada sentem e ainda por cima
nao fazem sentido algum

eu sou a icognita perante ao sentido
eu sou a interrogacao da tua pergunta
eu nao tem acento
nem se acenta
nem assenta
nem consente
eu sou a penumbra perante a luz...
eu sou o difuso
o translucido
o fosco
perante ao claro
ao cristalino
ao polido

eu nao me entitulo
não me acentuo
nao me paragráfo
não me concluo
nao me dou ponto final
nem me assino
nao tenho autor
nem poeta
nem nada

mas sou
e sejo
e serei sempre
e que seja
pra sempre
eu seja eu

assim coisa sem sentido e sem pontuacao
sem virgula ponto exclamacao