quinta-feira, outubro 18, 2007

O que eu escreveria se eu fosse Nelson Rodrigues.(ou coisa muito pouco parecida)

(Tx)
Ela me guiou pelo corredor, tapava-me os olhos por surpresa,
eu sentia o calor das velas, aquela alcova pronta para me consumir de amor
era confortavelmente quente.
Minha imaginação voltava de neptuno, quando o cheiro dela me tomou o olfato.
Ela cheirava a desejo, emanava erotismo poro a poro do seu corpo.
Era tudo tão carnal, mas ao mesmo tempo envolto de tudo que há de metafísico.
Naquela atmosfera de sentimentos me envolvia a ponto de não volver, e éramos só nós dois, só, um para o outro.
de tão surreal, não me sentia ao tocar-me, parecia estar embebido naquele todo estado de flutuar, onde nunca tinha estado, de onde nunca mais queria sair.
horas não eram completadas por minutos, muito menos parecia existir tempo, esta palavra era desconhecida, não se sabia onde aquilo iria dar, nem parar.
abraços e beijos, se confundiam com trocas de carinhos chamadas por outros nomes, era uma espécie de estado máximo do viver, da carne, coisa que nem se imagina, não se podia saber de amor maior, jamais.
E se me perguntas sobre o termino disto, perguntas a pessoa errada, e não poderias esperar sequer o mais primitivo conhecimento do fato.
Duvidarias se te falasse algo.
Tome conhecimento do visceral, repetido, e sincero discurso do pobre escritor que a vós tenta falar.
Desconsidere os erros gramaticais, do abstratismo, e dos erros de concordância de suas palavras.
No entanto, tome conhecimento de um coração,
que flameja e arde por uma coisa já tão conhecida por quase ninguém.
Tome conhecimento de mim!

Agradecido,


o Autor.