quinta-feira, maio 31, 2007

Esse texto foi recuperado de um velho caderno
17/08/06
(Tx)
Me de sua mão
Vamos nos libertar.
Enquanto isso corre o trafego
e nos sinais amarelos,
acelerar.
Sem pensar no que virá,
vermelho.

Sem se repetir,
tenta o poeta se expressar,
sem saber também,
o que virá.
Nas conversas paralelas
as pessoas a dizer,
enquanto ferve o chão
quase também,
vermelho.

Coisas apenas ditas sem pensar,
enquanto o pobre do poeta só escreve.
E sente que o problema das pessoas,
somente sente o que é,
vermelho.

O que seria de mim poeta,
se as pessoas somente lessem
sem sentir
a brisa, na palavra,
o que o tal poeta
transcreve
em forma de verso
cada batida do anulado coração
sentimental
de quem somente sente
coração esse,
vermelho.

nada sobre mim

30/05/07
(Tx)

Aproveito meus dias ociosos
para me voltar um pouco a mim
refletindo sobre os meus desejos
indagando sobre minhas dúvidas
saciando minhas vontades
e obviamente
gastando o longo tempo que me resta.
Ora escrevendo, ora lendo,
mas sempre tentando
ser melhor em minhas virtudes
e também em meus defeitos,
progredindo sempre
mas sem buscar a perfeição,
pois acredito que não exista nada, nem ninguém perfeito.

Busco o melhor do equilíbrio
na corda da vida que insiste
em tentar me derrubar.
Sinto saudades de alguns lugares
e de algumas pessoas.
Uma vez me disseram
que só se sente saudades
do que se ama,
concordo com isso
e acho que o bom da saudade é o valor que se dá.
Nada do que eu disse nesse texto
torna novo qualquer pensamento,
muito menos me faz alguém mais especial
do que penso ser.
E por fim,
mesmo que mais uma vez eu me repita,
sinto me satisfeito
por esse desabafo sem sentido.



nada sobre mim parte 2

30/05/07
(Tx)
Sigo dia-a-dia sonhando
e nesse sonho
amaldiçoava cada uma das passagens tristes
que insistiam em acontecer.

As vezes prefiro a clausura à alforria
simplesmente pela reflexão
para o meu crescimento intelectual.
Eu me privo de uma vida social comum
a troco de um amadurecimento pessoal,
sigo paralelamente, buscando sempre entender
sobre o que os outros pensam.
Sem me importar com o que pensam de mim.
Isso soa estranho pelo fato d'eu ser
singular como sou.
Tenho sido um tanto auto-biográfico nesses últimos tempos,
Acontece que necessito me entender
tentando me explicar.
Me expresso com confusão
simplesmente porque sou assim, tortuoso, mas de certo
sou uma boa pessoa, um ser que se alimenta de letra com melodia.
Uma pessoa de bom coração que gosta de ajudar os outros,
seja escrevendo, seja conversando, seja discutindo, perguntando, ou explicando.
Somente vivendo,
e as vezes conseguindo dormir.

Jamais(ou de como amar)

(Tx)

Jamais hei de profanar o amor
mesmo assim que o amor,o próprio
teime em lembrar-me de quão caro
é o seu preço, e quão pesado é seu valor.

Jamais hesitarei em amar
pois,não há no mundo,
sensação tão,
sensação que é,
plena,
que nos é
quando amamos.

jamais esquecerei
de todos os meus amores
dos que amei,
dos que amarei,
dos que amo,
ou amaria
e até os que quase amei

e jamais por fim,
quereria o fim,
mas sei que no fim,
repetindo fim,
o amor que chega ao fim,
não é amor pra mim.