sexta-feira, outubro 28, 2005

Nem a pó

Se o vento soprasse
e me levasse a voar
me agarraria em crinas
ou quem sabe em tuas mãos
e arrancaria pecados
maldições, dogmas, astrologia
quem sabe a razão
morreu antes de cantá-la
Bebendo crença
numa taça feita de discórdia
quem sabe o que e o não
não quer vê-lo nem a ouro
Nem a pó cai a vida
soprado pela brisa
no início se perdeu
e até agora não se acha mais
quem sabe por que ora.
Ninguém sabe pronde olha
nem cheira a flor
nem também
cheiro de manhã
quem sabe por amor implora
talvez eu saiba a que horas sai
já sei que é agora
por outrora não falo mais

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